Você acabou de acordar e já ganhou o mundo em seu celular.
Sentou à mesa, engoliu o café e devorou o pão, sem apreciar a textura do queijo, o ponto do chá e a doçura do mamão, preste atenção!
Pegou qualquer roupa, a que estivesse a mão, nem se olhou no espelho para fazer combinação, preste atenção!
Saiu disparado rumo ao destino, passou reto sem olhar ao lado, desejou bom dia por educação sem perceber que o seu passava como um furacão, preste atenção!
Somos condicionados como ratos, e ouvimos melhor as moedas que caem do bolso do que os sons dos pássaros, preste atenção!
Este poema que acabo de escrever procura alertar o leitor para o cenário de um estilo de vida condicionado por obrigações, em que não muito raro, esquecemos os motivos pelos quais geramos dinheiro, e vivemos girando em torno do trabalho pelo trabalho, por muitas vezes adoecendo mentalmente em função de enormes cobranças e pelo peso de uma rotina insustentável, ocasionando por exemplo, o tão frequente transtorno chamado “Burnout”, cada vez mais presente enquanto diagnóstico nos nossos dias.
Seja por excesso de dedicação ou por desmedida exploração, não importa, temos limite. Preste atenção!!!